segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lápide póstuma de moldes da taverna

Estou sentado em uma cadeira com braços e pernas amarrados, acabei de tomar um balde com água gelada com cubas de gelo dentro. Um homem saindo den’da escuridão com um alicate puxa meu indicador e pergunta coisas.
- Eu não sei, não sei! (Não acho)
Essa bomba no meu peito bate desinforme, as cordas estão me prendendo mais e mais estão, me serrando; essa lâmpada me cega. Apesar da fração de segundos eu senti o alicate cortando minha epiderme, minha derme, alcançando meus músculos até as laminas encontrarem-se nos meus ossos. Um dedo amputado, um soco, um pescoço quebrado. Reajo da mesma maneira: concentro-me nas angustias e não entendendo nada.
Minha respiração está ofegante, um pedaço verdadeiramente meu sumiu, ao olhar para cima vejo o rosto do meu inquiridor: sou eu.

7 comentários:

Anna Luísa Santos disse...

um prévia do que virá...
Nós, carrascos de nós mesmos...
E como será o fim?

Diogo de Oliveira disse...

Eu queria saber pra lhe dizer, ou melhor, eu não diria.
Risos

Anna Luísa Santos disse...

até porque perderia toda essa graça...

annaluisa52.blogspot.com

Diogo de Oliveira disse...

Mas não é um simples conto, eu vivi isso, não de acordo aos olhos convencionais, mais vivi.

Anna Luísa Santos disse...

Em momento algum disse duvidar...
acredito, aliás...
...Como acredito!
Acredite!
(risos)

ps: Você pode até achar o contrário, mas, não possuo olhos convencionais.

Unknown disse...

Legal conto baseado na sua própia vida !

Afinal em livros de História seremos a memória dos dias que virão, se é que eles virão ! ;D

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.